Para inaugurar essa nova fase de nosso blog, tenho o prazer e o orgulho de fazer uma apresentação do "Soul do Bem", um projeto que estou completamente envolvido e que com muito trabalho e dedicação vem conquistando espaço e reconhecimento.
"esse samba
que é misto de maracatu
samba de preto velho
samba de preto tutú"
que é misto de maracatu
samba de preto velho
samba de preto tutú"
É inegável, até mesmo para os mais otimistas, a aparente estagnação da atual cena pop da música brasileira. Outra constatação de fácil percepção, gira em torno de alguns suspiros de criatividade, advindas dos mais diversos lugares e tocando, quase sempre, na mesma constante: a troca de informações e o hibridismo.
Nesse sentido, vários dos movimentos que provocaram mudanças significativas no cotidiano do brasileiro, funcionando como paradigmas e rupturas para importantes transformações em uma determinada forma de pensar, acabaram por percorrer alguns desses caminhos. Podemos pensar no tropicalismo, na bossa nova, no clube da esquina, no mangue beat; entre outros movimentos, que buscando elementos característicos de uma cultura regional, globalizaram estes ingredientes, criando algo novo e claramente representativo de sua identidade.
Bebendo nesta mesma fonte, em meados dos anos 70, misturando elementos do rock - seja de origem norte-americana, com elementos do rhythm and blues e da black music; ou do rock britânico com suas características operário/sociais - à riqueza lírica e rítmica da música brasileira, algo novo e singular dava sinais que começaria a existir. Dessa forma, artistas como Jorge Bem e Tim Maia, englobando a informação que tinham à sua volta, criaram o que hoje conhecemos como samba-rock. Em outras palavras, através do samba, inerente ao repertório do músico crescido no Brasil, somado aos elementos da música pop mundial, um estilo pop/brasileiro único e legítimo passava a representar um povo.
O samba-rock, herdeiro direto da malícia e riqueza rítmica encontrada na música brasileira, somado à atitude e contestação inerentes ao rock, seja qual for sua origem, funciona como impulso para que a proposta musical do “Soul do Bem” possa aflorar.
Não tive o prazer de conhecer o trabalho ao vivo... mas breve estarei em um.. abraço e sorte pra vcs.
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